A pretensão do secretário de Administração de Bacabal, Davi Brandão, de chegar à Assembleia Legislativa do Maranhão, pode não se concretizar. A homologação de sua candidatura enfrentará impedimentos fortíssimos, pelo desdobramento de investigações que o envolvem com denúncias de propinas e extorsão de fornecedores. Também o comportamento do pré-candidato perante o eleitorado não o credencia à representação parlamentar, acreditam observadores políticos locais.
Segundo analistas políticos, o pré-candidato, filho do prefeito Edvan Brandão, faz do abuso econômico a mais importante bandeira de sua pré-campanha. É com esse viés que ele “negocia” apoio com lideranças políticas e comunitárias. Mesmo com as ofertas, tem sofrido alguns revezes. Como o comentado entre a população de Alto Alegre, da “traição” de dois vereadores, que já anunciaram adesão a outra pré-candidatura ao parlamento estadual na eleição de 2022.
Não mais inocente como em pleitos anteriores, a população eleitoral está atenta ao comportamento dos pretendentes a cargos públicos, analisando a vida pregressa e o comportamento dos futuros candidatos para prevenir equívocos na futura representação parlamentar de 2023. O pré-candidato Davi ainda não tem filiação partidária, nem plano de trabalho para o exercício de um mandato parlamentar. Acreditam os mais conscientes que ele acabará administrador das propriedades rurais amealhadas pelo pai (milagrosamente), difícil de serem adquiridas com o modesto provento de prefeito.
O prefeito e o filho têm evitado atender às convocações das autoridades investigativas para esclarecer situações de desvio administrativo na gestão bacabalense, que inclui outros auxiliares da administração. A participação nos fatos é assunto de procedimento adotado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), vinculado à Procuradoria Geral da Justiça do Maranhão.