O prefeito de Porto Franco (26 quilômetros distante de Estreito, no Maranhão), Deoclides Macedo, espera ver concluída, o mais rapidamente possível, a nova ponte sobre o Rio Tocantins, substituta da que desabou em 22 de dezembro de 2024, para interromper o impacto rodoviário/financeiro que a queda causou em seu município. O cenário está registrado em relatórios que ele entregou ao Ministério dos Transportes, em Brasília.
Com o desabamento, a ligação entre Maranhão (Estreito) e Tocantins (Aguiarnópolis) passou a utilizar Porto Franco como alternativa, sem estrutura viária capaz de suportar o excesso de movimentação de veículos pesados. Principalmente os que transportam a produção de grãos procedentes de Mato Grosso, Pará, Tocantins e Piauí, utilizando a BR-226, em direção ao Porto do Itaqui, em São Luís (MA), para embarque.
Providências – O desabamento da Ponte “Juscelino Kubitschek” (construída em 1960) reduziu significativamente a atividade econômica na região, afetando principalmente Estreito, Carolina e Porto Franco no Maranhão. Ao utilizar-se de Porto Franco como alternativa, os veículos de carga abalam a frágil estrutura viária do município.
Mesmo com a tomada de medidas emergenciais pelas autoridades do Ministério dos Transportes (via Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT) e dos governos estaduais e municipais envolvidos, prejuízos não deixaram de ser registrados, face à insuficiência de meios para atender a nova e inesperada realidade.
Os escombros remanescentes do desabamento foram implodidos em 2 de fevereiro passado, resultando em 14 mil toneladas de concreto e ferro. A remoção dos destroços está em andamento e sua conclusão prevista para a primeira quinzena de março. Os resíduos serão descartados em locais licenciados e não causarão impacto ambiental.
Nova ponte – O ministro dos Transportes, Renan Filho, divulgou nesses dias as primeiras imagens do projeto da nova ponte que substituirá a estrutura que desabou em dezembro. Ela terá 100 metros a mais de extensão (eram 533), chegando a 630 metros, e contará com vão livre de 150 metros.
A obra está orçada em quase 172 milhões, recebeu licença de licitação pela emergência no atendimento a vários problemas, deverá estar concluída até 22 de dezembro de 2025. A estrutura será mais larga que a anterior, com 19 metros de largura, distribuídos em duas faixas de rolamento de 3,60 metros cada, e terá acostamentos, barreiras de proteção e passeios para pedestres.