O governo do Maranhão, segundo Flávio Dino, tem concentrado as políticas públicas nas cidades menores, com mais baixo IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], e a construção e requalificação de escolas. Os resultados disso deve aparecer quando as Nações Unidas divulgarem o próximo índice para os municípios.
Para ele, esse desenvolvimento social vai dificultar o retorno ao poder de antigos grupos políticos, como a família Sarney.
Centro de Lançamento de Alcântara: Comunidades esperam políticas compensatórias
Para Flávio Dino, é importante a retomada do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que deve ocorrer com a assinatura do acordo de salvaguardas tecnológicas pelo presidente Jair Bolsonaro, em sua visita aos Estados Unidos. Mas, segundo ele, o ônus social já foi pago pela população quilombola e ribeirinha de Alcântara. “Não concordamos com nenhuma ideia de ampliação territorial [do centro] ou remoção de populações, como já ocorreu.” Defende que após o Congresso Nacional ratificar o acordo, haja um outro, de salvaguardas sociais. “O governo do Estado e, principalmente, a prefeitura da Alcântara, têm que ser destinatários de politicas compensatórias do ponto social e ambiental para que essas populações já tão sacrificadas possam elevar sua qualidade de vida.
Aliados do PC do B: É necessário dialogar com o centro democrático
A conjuntura de derrotas para o campo da esquerda desde o impeachment de Dilma Rousseff leva à necessidade de dialogar com outras forças políticas, defende o governador. Cita como exemplo as articulações com o que chama de “centro democrático” e diz que elas levaram à garantia dos direitos presentes nos artigos 5o e 7o da Constituição Federal de 1988. E dá como exemplo o papel desempenhado por Mário Covas e Ulysses Guimarães na Assembleia Constituinte. “Nosso partido mira isso: unidade no nosso campo, mas amplitude.”
“Se nos congelarmos a correlação de forças da política para o dia do impeachment, significa que vamos perder sempre. Se queremos concretizar medidas que interessam à população, não podemos desejar o gueto, desejar a derrota, precisamos desejar vitórias”, afirma. “Temos que fazer essa flexibilidade tática porque estamos vivendo num momento de sucessivas derrotas. Não adiante ter uma boa hashtag e colocar em primeiro lugar. Não discordo da ideia de marcar posição, mas ela é insuficiente. Você não faz política para dormir em paz com você mesmo, mas como prestação de serviços a milhões de pessoas que têm seus direitos previdenciários, sua saúde e educação ameaçados ou que têm um filho que vai ser vítima de uma arma de fogo amanhã.” Do blog do Sakamoto