Carlos Brandão: Viva nosso Bumba Meu Boi!

Vice-Governador do Maranhão e
Presidente Estadual do PSDB

O mês de junho está passando, com as bênçãos de Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Infelizmente, sem nossas festas juninas. Sem encontros e danças nos arraiais da cidade. Em tempo de pandemia, arraial permitido só o da vacinação. Já temos vários pelo estado, avançando na imunização. Mas, os festivos, com nossas inúmeras manifestações culturais, só em 2022 – com a graça de Deus.

Vamos vencer essa onda que nos tirou a oportunidade, em 2020, de aplaudir o Bumba Meu Boi do Maranhão – Patrimônio Cultural Brasileiro -, dançando pela primeira vez como um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, devidamente reconhecido pela Unesco em dezembro de 2019, sendo apenas o sexto bem brasileiro a integrar a lista.

Sou de Colinas, no sertão maranhense. Mas, quando vim para São Luís, pelos estudos, morei no bairro do João Paulo e, de imediato, me tornei um apaixonado pelo enredo, pelo dançar, pelo toque dos pandeirões, pelo soar dos tambores e pelas vozes fortes dos iluminados cantadores, que fazem o som invadir qualquer coração. E não é demais dizer que isso é Maranhão. O Bumba Meu Boi, com suas centenas de grupos espalhados pelo estado; celebra, em suas cores, personagens, ritmos e sotaques, o ciclo da vida, da morte e da ressurreição de um boi que a todos encanta e que também é encantado.

Único e de um simbolismo sem igual, me fez querer elevá-lo a um patamar ainda maior quando, em 2009, ainda deputado federal, consegui a aprovação da lei que criou o Dia Nacional do Bumba Meu Boi: 30 de junho. Conquista para todos os maranhenses que hoje têm as suas tradições valorizadas e lembradas em nosso calendário nacional. O boi, o amo, o Pai Francisco, a Catirina, as índias e índios, o caboclo de pena e outras personagens, garantiram o seu espaço eterno em nosso imaginário.

Há poucos dias me perguntaram, exatamente, sobre sentir falta (ou não) das festas juninas pelo Maranhão afora. Claro que sim, como todos sentem – imagino. Mas, o principal, agora, é salvar vidas. Já perdemos tantas! Trabalhando da forma que estamos, focados nesse combate, tenho certeza de que 2022 será totalmente diferente. Cheio de cores, danças e sorrisos. Com nosso Bumba Meu Boi e seus diversos sotaques – zabumba, orquestra, matraca, baixada e costa de mão -, festejando a vida e dançando a força de um povo batalhador, que valoriza suas crenças e que tem renovado a sua esperança em um grande futuro, nos trilhos da transformação que o Governo vem executando. Um Maranhão apaixonante.

Viva o nosso Bumba Meu Boi!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *