Prefeito de Apicum-Açu descumpre decreto e mantém intensas reuniões políticas em Serrano

Para conter a epidemia de coronavírus, governo federal, estados e municípios têm adotado uma série de medidas para reduzir a circulação e aglomeração de pessoas. Na maioria dos casos, escolas têm sido fechadas. Academias, cinemas, teatros e museus também estão proibidos de abrir. O Poder Público tem decretado situação de emergência para facilitar a contratação de serviços sem a necessidade de licitação. Em alguns casos, servidores e empregados públicos poderão trabalhar em home office.

Diante do preocupante cenário epidemiológico global quanto à incidência do novo Coronavírus (Covid – 19) e a necessidade de medidas preventivas e terapêuticas como forma eficaz de controle desta patologia, o prefeito Maguila assinou o decreto 003/2020, criando o Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento da doença, bem como as diretriz correlatas para orientar a população do município sobre a pandemia.

Pelo Decreto, ficou proibido a realização de eventos de qualquer natureza com previsão de grande aglomeração de público, bem como reuniões públicas pelo prazo de 15 (quinze) dias, o Decreto municipal tem como base o Decreto estadual, publicado pelo governo do estado com objetivo de evitar aglomeração e assim reduzir a possibilidade de contágio com o novo coronavírus.

No momento em que a população vem abrindo mão de seus direitos, especialmente ao lazer, como forma de isolamento social, e assim contribuindo com as autoridades no combate ao novo coronavírus, que só no Maranhão já tem 22 casos confirmados, o prefeito de Apicum-Açu, Claudio Cunho, vem fazendo pouco caso da situação e mantendo intensas reuniões políticas com lideranças e simpatizantes no município de Serrano do Maranhão, onde tenta a todo custo emplacar sua esposa como pré-candidata a prefeita nas eleições deste ano, reunião essas que representam sérios riscos para a saúde dos participantes, haja visto o contato social intenso.

Como é possível perceber, Claudio Cunho continua realizando reuniões políticas no município de Serrano com dezenas de pessoas ao exemplo do que aconteceu neste domingo (29), uma verdadeira afronta ao Decreto municipal e estadual que proíbe aglomeração, além de ser um atentado à saúde das pessoas que ali estão sendo reunidas. Ao que parece, os interesses políticos estão acima do dever de proteger as pessoas, especialmente as mais humildes, que por não terem a exata noção do perigo, se aglomeram para ouvi o prefeito em uma residência localizada no município, onde praticamente o prefeito de Apicum-Açu já fixou residência.

Foto mostra momento em que pessoas chegam para reunião com Claudio Cunha

 

Na imagem acima, é possível observar momento em que várias pessoas chegam para se juntar com dezenas de outras pessoas que já estão no interior da residência. O município não conta com nenhum caso suspeito, mais no momento a ordem é o isolamento social, e evento dessa natureza deveria ser evitado, e desmotivado, especialmente por agentes públicas, que deveriam ter a responsabilidade pela preservação da vida das pessoas. Além de descumprir um Decreto municipal que proíbe esse tipo de manifestação pelo período de 15 dias, o prefeito faz pouco caso de orientações estaduais, uma vez que o estado está em intenso isolamento social, onde vários setores da economia e repartições públicas estão fechadas para evitar aglomerações.

Além da restrição de eventos em massa, o prefeito de Serrano do Maranhão, Maguila, também fez recomendações para idosos e deficientes crônicos em espaços públicos. “Para esses grupos, estamos recomendando restrições maiores de contato social. Essas pessoas devem evitar viagem e aglomeração de pessoas. Havendo transmissão local, cabe as autoridades sanitárias orientar restrições sociais mais intensas para idosos e deficientes crônicos, enfatizou o prefeito.

Segundo informações, a Polícia Militar esteve no local, mais a reunião e a chegada de pessoas de diversas regiões do município continuou intensa.

CORONAVÍRUS

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China, e provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, apenas em 1965, o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas é infectada com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.

FORMA DE TRANSMISSÃO

As formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em processo de investigação, mas já se sabe que acontece de pessoa para pessoa. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa, mas já se sabe que a transmissão é menos intensa que do vírus da gripe.

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é, em média, de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

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