Ronaldinho fica em cela especial e recebe hambúrguer por aplicativo

Esportes R7

O ex-jogador melhor do mundo duas vezes passou a noite preso no Paraguai. Na prisão que já deteve chefe do Comando Vermelho. Situação é complicada

Comida por aplicativo. Jogo de cama de hotel cinco estrelas. Vida na cadeia

Advogados carregando malas Louis Vitton.

R$ 14.500,00 cada uma delas.

Entregador de comida por aplicativo.

No baú de sua moto, os ‘melhores hambúrgueres do Paraguai’.

Funcionários do hotel Sheraton, cinco estrelas, levando roupas de cama, travesseiro.

O local: Agrupación Especializada da Polícia Nacional.

Delegacia especial para presos do Crime Organizado.

Para lá vão acusados ‘importantes’, como políticos e chefes do tráfico.

Ou pessoas marcadas para morrer, se fossem para cadeias ‘comuns’.

O preso mais notório que já passou por lá foi o traficante brasileiro Marcelo Pinheiro da Veiga, o Marcelo Piloto, número 2 do Comando Vermelho.

‘Marcelo Piloto’ perdeu esse posto.

Desde ontem à noite, Ronaldinho Gaúcho ganhou esse ‘privilégio’.

Ele e seu irmão Assis dormiram em uma sala da administração que foi improvisada como cela.

Nela, receberam suas malas Louis Vitton, hamburguêres e também a tensa visita do advogado Adolfo Marin.

Ele tentava, de qualquer maneira, reverter o pedido de prisão temporária de Ronaldinho Gaúcho, por portar passaportes falsos no Paraguai.

Alegava que o ex-jogador e seu irmão poderiam ter seus documentos retidos e que ficariam no hotel Sheraton, enquanto o Ministério Público fizesse sua investigação de dez dias, exigida pelo juiz Mirko Valinotti.

“Ele (Ronaldinho Gaúcho) colaborou desde o primeiro momento”, disse Marin à imprensa.

Mas foi justamente o longo depoimento de Ronaldinho e de Assis, que levou entre seis e oito horas, na sexta-feira, que convenceu Valinotti.

O juiz ficou com a certeza de que o jogador e seu irmão foram liberados sem investigação alguma. Dizendo apenas que não sabiam de nada e que receberam os passaportes falsos do empresário brasileiro Wilmondes Souza Lira.

Nos passaportes que carregavam, suas identidades eram de brasileiros naturalizados paraguaios.

Mentira tosca.

Bastaria que Ronaldinho e Assis lessem o documento para verificar a estúpida falsificação.

E mais os números dos passaportes eram verdadeiros. Duas mulheres, que estão em prisão domiciliar, receberam dinheiro para tirarem seus passaportes e entregarem para Wilmondes.

As autoridades querem saber qual é o verdadeiro motivo de Ronaldinho e Assis receberem esses passaportes, já que todos brasileiros precisam apenas do RG para entrar e sair do Paraguai.

A suspeita é que o ex-jogador iria usar o documento para viajar pelo mundo, já que o seu passaporte seguiria retido pela justiça brasileira, pelo não pagamento de uma multa ambiental de R$ 6 milhões.

A situação de Ronaldinho Gaúcho pode se complicar ainda mais.

A Polícia do Paraguai começou uma investigação sobre lavagem de dinheiro.

A ação tem como alvos as pessoas que financiaram a ida de Ronaldinho para o país.

Chegam os hambúrgueres para Ronaldinho e Assis. Fugindo da comida da cadeia

São eles Dalia López, Wilmondes, Thiago Silva Tristoa, Paul Oliveira Lira, Luis Gauto e Hector Miguel D’ Ecclesis.

A opinião pública e a imprensa paraguaia seguem pressionando as autoridades.

O presidente Mario Abdo Benítez foi eleito com o discurso que não haveria privilégios aos criminosos. Principalmente os envolvidos em lavagem de dinheiros.

Jornalistas nas rádios, tevês, portais e jornais estão cobrando uma dura punição a Ronaldinho e Assis pelo uso dos passaportes falsos, adulterados, com os quais teriam entrado no país.

A possibilidade do pagamento de uma multa alta e expulsão do Paraguai segue como a maior.

As roupas de Ronaldinho e Assis. Advogados e malas Louis Vuitton

Hoje haverá nova avaliação do caso.

Antes, um motoqueiro de aplicativo deverá levar o café da manhã para o ex-jogador e seu irmão.

As prisões do Paraguai têm a fama de oferecer péssima alimentação.

Da comida na cadeia, Ronaldinho já escapou…

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