Morre radialista atingido a tiro na Rádio São Luis durante atentado

Dois pistoleiros pularam o muro da emissora, executaram o segurança conhecido por João Comprido e se dirigiram para o estúdio, com o intuito de matarem o radialista Tony Duarte, que conseguiu escapar.

Um dos bandidos rendeu Ederaldo e depois, irritado porque não encontrou Tony, detonou-lhe um tiro nas costas, rompendo a coluna vertebral. Desde então, Exeraldo ficou tetraplégico. Há uma semana, foi internado no Hospital do Servidor, com infecção urinária, vindo a falecer na noite desta quarta-feira.

O velório está sendo realizado na residência da família, na Rua Nossa da Vitória, na entrada do Parque Vitória, número 51. O episódio teve repercussão nacional, como se pode ver abaixo, pela Folha de São Paulo.

 

Repercussão nacional

Atentado a rádio mata vigia e fere radialista no Maranhão

Dois homens armados pretendiam matar locutor policial

IRINEU MACHADO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

Dois homens armados e encapuzados invadiram as instalações da rádio São Luís AM, em São Luís (MA), na manhã de ontem, mataram a tiros o segurança da rádio, José Nascimento Carvalho, 52, e feriram o operador de áudio José Ederaldo Menezes, 31.
A polícia investiga a hipótese de um atentado por vingança contra o radialista Toni Duarte, 41, que apresentava o programa policial “Bom Dia São Luís” no momento do crime, por volta de 5h40.
Duarte disse que só sobreviveu porque apagou as luzes do estúdio da rádio e se escondeu embaixo de uma mesa de som. “Eu vi a morte de perto, mas ainda não foi dessa vez”, disse. Ele afirma já ter recebido “várias ameaças” pelo tom radical de seus comentários contra o crime organizado.
No momento do disparo, além do locutor, só Carvalho e Menezes estavam no prédio. O programa foi ao ar às 5h20.
Segundo o locutor, Menezes teria sido agarrado no pátio da emissora e alvejado à queima-roupa. Uma bala se alojou próximo à medula do operador.
Ele foi levado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital São Domingos. Na tarde de ontem, ele estava consciente e, segundo o hospital, podia movimentar apenas os braços.
O locutor, candidato a vereador pelo PSD, foi levado para o quartel do Comando da Polícia Militar, onde passou o dia sob proteção. Ontem foi providenciada em sigilo sua mudança de endereço.
O diretor da rádio, Paulo Falcão, 32, classificou o crime como “um atentado à liberdade de imprensa”.

 

 

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