Fora da TV há 32 anos, o ator Maurício Alves foi entrevistado por Geraldo Luís no Domingo Show deste domingo (28), na Record, e contou o drama de sua vida profissional. Promessa de galã dos anos 1980 da Globo, hoje ele trabalha como dedetizador para sobreviver.
“Quero retomar a minha carreira”, revelou ao apresentador. Maurício teve poucos papéis na TV, a maior parte foi participação especial. Sassaricando (1987), sua última novela, foi também a de maior destaque. Ele atuou com Marcos Frota, Claudia Raia e Bárbara Thiré, e terminou o trabalho com outro garantido na Globo.
No primeiro dia de gravações, no entanto, ele chegou ao estúdio e foi avisado pelo diretor que estava fora da novela. Ao perguntar o motivo do desligamento, foi informado que Paulo Ubiratan (1947-1998), ex-diretor de núcleo da Globo o havia vetado. “Ele tinha um caso com uma jornalista famosa, apresentadora. Aí eu e ela trocamos telefones. Aí ela chegou no Paulo e disse que eu tinha cantado ela. Não houve assédio nem nada. No dia que eu fui gravar a cena, meu nome estava cortado. Eu perguntei por quê? E o diretor me perguntou se eu não tinha cantado a mulher do homem [Paulo Ubiratan]. Eu disse que não. E naquela época eu não tinha como me defender. Eu não flertei com ela, palavra de homem”, disse.
Embora não tenha citado o nomes, Maurício se referiu a Valéria Monteiro, primeira mulher a apresentar o Jornal Nacional. Nesta época, Paulo Ubiratan já havia se separado de Natália do Vale e engatou o namoro com a jornalista, com quem acabou se casando e tendo uma filha. O ex-ator acredita que o breve contato com Valéria irritou o antigo chefão da dramaturgia da Globo, e, por essa razão, ele diz nunca mais ter conseguido nenhum trabalho na na televisão. “Fui ingênuo. Paguei caro por isso”, desabafou. Dedetizador.