Ponte Central-Bequimão: obra atrasa, e governo faz festa para construção de pilares

O governo Flávio Dino (PCdoB) anunciou na quinta-feira (9) o início do deslocamento da plataforma de 600 toneladas que será usada no avanço das obras da ponte que liga Central até Bequimão, na Baixada Maranhense.

A estrutura – que ajudará na fixação de pilares de concreto dentro do Rio Pericumã – deve chegar ao canteiro de obras no início da próxima semana.

“Essa é uma estrutura adaptada para a construção dos blocos de fundação, que são os pilares que constituem a ponte Central-Bequimão. Nós já fizemos o aterro de conquista, temos blocos de fundação construídos em terra, e agora vamos trabalhar na parte da água. Esse equipamento é para dar viabilidade aos serviços, sem interferência da maré”, explicou Clayton Noleto.

Com o anunciado início da nova fase dos serviços, o governo tenta recuperar o tempo perdido com atrasos.

Lançada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) como o “fim de uma lenda”, durante a assinatura da ordem de serviço, a construção da ponte Central-Bequimão foi autorizada pelo comunista em setembro de 2016.

Segundo o contrato firmado entre a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) e o Consórcio Epeng-FN Sondagens, a execução dos trabalhos deveria durar dois anos, a partir da assinatura da OS. Esse prazo venceu no dia 28 de setembro do ano passado.

Apesar da lentidão da obra, o Consórcio Epeng-FN Sondagens já recebeu valores milionários do Governo do Estado. Dados do Portal da Transparência apontam que até o fim do ano passado Sinfra já havia realizado pagamentos de R$ 22,5 milhões. O valor total do contrato é de R$ 68,3 milhões.

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